sábado, 14 de agosto de 2010

Risco n'água
















RISCO N’AGUA


Escrevo muito,
uma hora algo que preste,
a ser vida ou defunto,
a carne corta a gilete.

Em contradição,
vive um ser a poetar,
homem hoje, inabalável,
uma criança amedrontada,
de ontem a esperar,
no colo da mãe a chorar.

E nas cordas,
digo em plural,
pois a vida de todos
que nessa terra vivem,
é um risco na água,
feito sabor doce sem caldas,
hora doce, hora amargo,
depende do que ao destino convêm.

Seres,
todos viveres,
e nem sabereis,
como sereis,
o amanhã de sabores,
ou disabores,
amores ou dores,
apenas o agora,
sabemos no respirar,
que somos ainda seres a viveres.

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