domingo, 7 de agosto de 2011

Por quê ?

Porquê


Escrever por quê?


No tangenciar


Dias


Bastam as letras


Porquê


Inacabadas então


Poesias


Estão


Estamos a vivenciar


Porquê?

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ruínas de mim



Ruínas de mim





Num giro de olhar desgovernado


O coração vem e vai


Em devaneios múltiplos


Em poesia encarnado



Em ruínas escancarando


A vida , a morte, a sepultura


Mesclando o podre e o sublime


E versos virgens e podres escarrando



E não adianta subjulgar-se


O nada vence o tudo


Num fluxo irremediável


De piora


Com o tempo tudo piora


Esmorece, morre apodrece




Conto nos dedos


O que não se conta


Estórias são histórias furtivas


E versos são suspiros reprimidos


Pelas paixões cativas



De mais a mais


Tudo acaba, bem ou mal


Tudo tudo


A carne , e até o osso vira pó


Pó de osso,


Fim de verso



E nesse ócio que são


As ruínas de mim


Olho para trás e vejo


Olho por olho dente por dente


E o povo nesse dilema


Vai seguindo em frente

Abiose



Abiose






Dependurado pelas ilusões quotidianas


Sob o abismo do ser


Fruto de uma abiose social


Calor dos sonhos que se alivia


Ser um ser abluente



Sol do meio dia


Exala no suor poesia


Toda dor da abiose


Abrandando assim


Até o fim




Mas assim


Inspiração esta sim


Num solo de uma nota só


Vem abrogar o desespero


Ser poeta assim



De tanta simplicidade


Poeta em poesia


Humildade


Pessoa sem arte


Se abulia


Dia-a-dia




E como que um acicate


Sofrer acicuta a arte


Inspiração


Qual se desmonta remonta


Uma alma um coração


Que vive impressionantemente


Na abiose