domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ruínas de mim



Ruínas de mim





Num giro de olhar desgovernado


O coração vem e vai


Em devaneios múltiplos


Em poesia encarnado



Em ruínas escancarando


A vida , a morte, a sepultura


Mesclando o podre e o sublime


E versos virgens e podres escarrando



E não adianta subjulgar-se


O nada vence o tudo


Num fluxo irremediável


De piora


Com o tempo tudo piora


Esmorece, morre apodrece




Conto nos dedos


O que não se conta


Estórias são histórias furtivas


E versos são suspiros reprimidos


Pelas paixões cativas



De mais a mais


Tudo acaba, bem ou mal


Tudo tudo


A carne , e até o osso vira pó


Pó de osso,


Fim de verso



E nesse ócio que são


As ruínas de mim


Olho para trás e vejo


Olho por olho dente por dente


E o povo nesse dilema


Vai seguindo em frente

Nenhum comentário:

Postar um comentário