sábado, 14 de agosto de 2010

EMOÇÃO SUPLANTADA







EMOÇÃO SUPLANTADA AO LEITOR

Todo poeta que presta,
a dor rida não se resta,
contorcida se estala,
e aos que lêem a dor empresta,
não a sua,
mas no leitor escondida se instala.

E assim vai passando o poema,
de fonema em fonema,
ate ao acúmulo de versos,
em formar mais um poema.

Um livre é o poeta,
sua inspiração aos outros empresta,
nada se perde o verdadeiro,
pois nesta vida,
sua inspiração é só o que possui o poeta.

De ganhar em perder vive o poeta,
a cada paixão perdida,
se descobre uma poesia escondida,
e com todo amor ele desperta.

Feito flecha ao encontrar a mosca,
o poeta é a sua sensibilidade,
poeta não quando tem vontade,
mas quando a própria vontade,
se manifesta sem vaidade,
com toda liberdade.

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